quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Natividade da Virgem Santa Maria - 08.09.2016

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A memória litúrgica da Natividade de Nossa Senhora remonta ao século V, quando foi edificada em Jerusalém uma igreja, num sítio que os Apócrifos indicavam como lugar da casa de Joaquim e de Ana, pais da mãe de Jesus. São desconhecidas as razões da data de 8 de Setembro. A Igreja Oriental soleniza a natividade de Maria como início do ano litúrgico; no Ocidente (a partir de Roma) as primeiras celebrações surgem no século VII.

Lectio

Primeira leitura: Romanos, 8, 28-30

Irmãos: Nós sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados, de acordo com o seu desígnio. 29Porque àqueles que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho, de tal modo que Ele é o primogénito de muitos irmãos. 30E àqueles que predestinou, também os chamou; e àqueles que chamou, também os justificou; e àqueles que justificou, também os glorificou.

S. Paulo manifesta neste texto uma fé assimilada e madura, com a preocupação de que todos acolham a mensagem, se convençam e se alegrem com ela. O Apóstolo apresenta tudo num quadro trinitário: o Espírito acompanha e ensina (vv. 26ss), Cristo consolida a comunhão no amor (vv. 31-39), Deus Pai mantém o projeto eterno de manifestar a sua paternidade divina dando aos homens a graça da filiação e da fraternidade com Cristo, primogénito de muitos irmãos.
O núcleo da mensagem está num anúncio de fé: há um nascimento como dom do amor de Deus, um acompanhamento da vida nova, uma realização na partilha da glória.

Evangelho: Mateus, 1, 1-16.18-23

Genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão: 2Abraão gerou Isaac;Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos; 3Judá gerou, de Tamar, Peres e Zera; Peres gerou Hesron; Hesron gerou Rame; 4Rame gerou Aminadab; Aminadab gerou Nachon; Nachon gerou Salmon; 5Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;6Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; 7Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; 8Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Uzias; 9Uzias gerou Jotam; Jotam gerou Acaz;
Acaz gerou Ezequias; 10Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; 11Josias gerou Jeconias e seus irmãos, na época da deportação para Babilónia.12Depois da deportação para Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel;13Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azur; 14Azur gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; 15Eliud gerou Eleázar; Eleázar gerou Matan; Matan gerou Jacob. 16Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo.18Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo.19José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente.20Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.» 22Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: 23Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco.

Mateus começa o seu evangelho apresentando a genealogia de Jesus, uma espécie de ladainha de nascimentos. Todos os antepassados foram, de algum modo, protagonistas de uma etapa da história; no nascimento e na aventura humana de muitos foi determinante a intervenção de Deus.
No final da lista, o evangelista coloca José, esposo de Maria «da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo» (v. 16). Com S. José não houve presença mas apenas vizinhança ou contiguidade no evento da Encarnação, revelado como mistério esponsal entre a Virgem e o Espírito Santo. O mistério também foi anunciado a José. Também ele amadureceu na fé a compreensão do nascimento d´Aquele que foi gerado em Maria sua esposa pelo Espírito Santo e destinado a salvar o povo dos seus pecados (v. 21). José secunda a palavra divina, obediente, silencioso, ativo.

Meditatio

A festa da Natividade de Maria, aurora da nossa salvação, oferece-nos importantes elementos de meditação. São os evangelhos apócrifos que narram o nascimento da Mãe do Salvador, com emocionantes e inverosímeis fantasias, que podem ser vistas como simbologias e interpretações. A Bíblia não nos dá informações sobre o nascimento de Maria. Mas ele foi uma realidade importante na prossecução do projeto divino da nossa salvação. Daí que valha a pena meditar sobre esse acontecimento à luz da fé em Deus que, na sua misericórdia, quis salvar os homens com a colaboração de Maria, nova criatura, cuja entrada no mundo hoje celebramos.
Para nos darmos conta da importância do nascimento de Maria, devemos ter em conta que o seu protagonista é Deus. As fantasias dos apócrifos indiciam fé nesse protagonismo. A Liturgia aponta para a presença e o protagonismo de Deus no nascimento e na vida de Maria. O oráculo de Miqueias (1ª leitura alternativa da festa) tem em vista a maternidade, isto é, a fonte de um nascimento, projetado por Deus: a citação desse oráculo em Mt 2, 6 regista uma convicção messiânica do evangelista traduzida em convicção cristológica e contextualmente mariológica. A releitura de um outro oráculo (Is 7, 14) pelo mesmo evangelista vê na Virgem que dá à luz, a mãe designada pelo próprio Deus e envolta no abismo místico da comunhão com o Espírito Santo, o «Senhor que dá a vida». A importância do nascimento da Virgem também se deduz pela verificação da sua presença entre aqueles que foram chamados por Deus conforme o seu desígnio, desde sempre conhecidos, predestinados, justificados (a singular redenção antecipada da Imaculada), glorificados.
Esta festa é uma excelente ocasião para crescermos no amor e na devoção à Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa mãe. Escreve o Pe. Dehon: «Nesta festa, quero renovar-me na devoção a Maria, na fidelidade ao seu culto diário, na união com ela, como meio para me elevar a uma união mais íntima com Jesus, em todas as minhas ações» (OSP 4, p. 234).

Oratio

Salve santa Maria, filha do Deus da vida, criatura nascida na alegria, cofre da graça plasmado pelo Espírito. Ó Mãe d´Aquele que vive, canta mais uma vez, por nós, o louvor do Omnipotente, e guia a nossa gratidão por cada vida que nasce e cresce à nossa volta. Mulher escolhida desde sempre para abrir a vida ao Filho do homem, ao vencedor da morte na sua ressurreição, acompanha-nos no caminho e nas paragens da existência. Virgem solitária, presença amorosa e serviçal na nossa história, acolhe a oração dos teus servos. Ámen.

Contemplatio

Que alegria no céu! Que cânticos de alegria entre os anjos quando Maria nasceu! Informados pela mensagem do Arcanjo Gabriel, sabiam que era a aurora da salvação dos homens. Maria ocupa um importante lugar nas promessas, nas figuras, na redenção! Ela é como que a aurora que precede o sol, como a lua que reflete os raios do astro-rei. É a nova Eva, a mãe espiritual dos homens, é Judite que será vitoriosa sobre o inimigo do povo de Deus. É Ester que alcançará misericórdia para o seu povo. É a esposa dos cantares, cuja poesia sagrada cantou a união com Jesus. Foi ela que Adão entreviu quando Deus lhe disse que uma mulher esmagaria a cabeça da serpente. Deus tinha-a em vista quando prometia a Abraão, aos patriarcas, a David, que o Salvador brotaria da sua estirpe. Ela é o tronco de Jessé que havia de dar a flor escolhida, conforme a profecia de Isaías. (Leão Dehon, OSP 4, p. 232s.).

Actio

Repete hoje a antífona:
«Bendita e venerável sois,
ó Virgem Maria Santa Mãe de Deus» (da Liturgia).

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Natividade da Virgem Santa Maria (08 Setembro)

XXIII Semana – Quinta-feira – Tempo Comum – Anos Pares
Tempo Comum – Anos Pares

XXIII Semana – Quinta-feira
Lectio

Primeira leitura: 1 Coríntios 8, 2-7.11-13

Irmãos: A ciência incha, mas a caridade edifica. 2Se alguém pensa que sabe alguma coisa, ainda não sabe como deveria saber. 3Mas se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Deus. 4Portanto, quanto ao consumo de carnes imoladas aos ídolos, sabemos que um ídolo não é nada no mundo, e que não há outro deus a não ser o Deus único. 5Pois, embora haja pretensos deuses, quer no céu quer na terra – e há muitos deuses e muitos senhores – 6para nós, contudo, um só é Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem nós somos, e um só é o Senhor Jesus Cristo, por meio do qual tudo existe e mediante o qual nós existimos. 7Mas nem todos têm esta ciência. Alguns, acostumados até há pouco ao culto dos ídolos, comem a carne como se fosse um verdadeiro sacrifício aos ídolos, e a sua consciência, fraca como é, fica manchada. 11E assim, pela tua ciência, vai perder-se quem é fraco, um irmão pelo qual Cristo morreu. 12Pecando contra os próprios irmãos e ferindo a consciência deles que é débil, é contra Cristo que pecais. 13Por isso, se um alimento for motivo de queda para o meu irmão, nunca mais voltarei a comer carne, para não causar a queda do meu irmão.

Paulo apresenta-nos outro caminho para atingirmos a centralidade do mistério pascal de Cristo: a caridade fraterna. Havia em Corinto cristãos, seguros de si mesmos, facilmente provocavam escândalos na comunidade, sobretudo entre os crentes mais fracos. Ostentavam comer carnes sacrificadas aos ídolos, coisa que, não sendo totalmente proibida, era muito inconveniente. Assim, na comunidade, contrapunham-se “os fortes” e “os fracos”, semeando escândalo e ruína espiritual. A uns e outros, Paulo lembra duas verdades fundamentais: os ídolos são deuses falsos e mentirosos, invejosos da nossa liberdade e déspotas em relação a nós, enquanto que «para nós, há um só é Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem nós somos, e um só é o Senhor Jesus Cristo, por meio do qual tudo existe e mediante o qual nós existimos (v. 6)». Não estamos perante um monoteísmo filosófico, fruto do esforço humano, mas perante a revelação de Deus como o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, de Quem nos vem, não só o mandamento do amor, mas também a capacidade para o observar. A segunda verdade é, mais uma vez, a do mistério pascal de Cristo: «Assim, pela tua ciência, vai perder¬ se quem é fraco, um irmão pelo qual Cristo morreu» (v. 11). A morte e a ressurreição de Jesus contrastam com a atitude de quem, na comunidade, pelo escândalo, provoca a morte, ainda que só espiritual, de um irmão na fé, talvez sem esperança de ressurreição.

Evangelho: Lucas 6, 27-38

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: 27«Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, 28abençoai os que vos amaldiçoam, rezai pelos que vos caluniam. 29A quem te bater numa das faces, oferece-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, não impeças de levar também a túnica. 30Dá a todo aquele que te pede e, a quem se apoderar do que é teu, não lho reclames. 31O que quiserdes que os outros vos façam, fazei-lho vós também. 32Se amais os que vos amam, que agradecimento mereceis? Os pecadores também amam aqueles que os amam. 33Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. 34E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. 35Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então, a vossa recompensa será grande e sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus. 36Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.» 37«Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. 38Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco.»

Esta página evangélica é uma verdadeira ressonância das bem-aventuranças, ajudando-nos mesmo a descobrir o seu fundamento.
«Amai os vossos inimigos» (vv. 27.35): o discurso não podia ser mais claro. Jesus, como mestre e guia, distancia-se de todos os rabis do seu tempo: não só contrapõe o amor ao ódio, mas exige que o amor dos seus discípulos se concentre exactamente sobre aqueles que os odeiam. Jamais um mestre usara propor um ideal de vida tão exigente e sublime. Não se trata de um amor abstracto, mas de um amor que se concretiza, dia a dia, em inúmeros pequenos gestos, que são a prova da sua autenticidade. Seria ridículo, sob o ponto de vista de Jesus, amar só aqueles que nos amam: não teríamos qualquer mérito e, sobretudo, o nosso amor não seria sinal da nossa exclusiva e inequívoca pertença a Cristo: «Os pecadores também amam aqueles que os amam» (v. 32).
O ensinamento de Jesus termina com a famosa expressão em que Lucas escreve “misericórdia” onde Mateus escreve “perfeição”: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso» (v. 36). Segundo a lógica da espiritualidade evangélica, não há perfeição senão a do amor fraterno que revela a nossa identidade filial em relação a Deus; não há outra meta a perseguir, senão a de um amor que sabe perdoar porque experimentou o perdão; não há outro mandamento a observar, senão o de tender à imitação de Deus, que é amor misericordioso, por meio de gestos de bondade e de misericórdia.

Meditatio

As leituras de hoje falam-nos de caridade. O Evangelho lança uma preciosa luz sobre as nossas relações interpessoais, que hão-de ser vividas na caridade, que também é misericórdia, e que é o vínculo da perfeição.
«Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso», escreve Lucas; Mateus, pelo contrário, escreve: «Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai que está no céu» (Mt 5, 48). Será uma contradição? Será um convite a procurar outra direcção? Esta diferença pode ter a seguinte explicação: Mateus, como bom judeu convertido, tende a apontar aos seus destinatários uma meta de perfeição correspondente às exigências da nova lei, inaugurada por Jesus. Estaria assim na linha da espiritualidade veterotestamentária… Os exegetas acham que a versão de Lucas deve ser mais próxima da palavra pronunciada pelo Jesus histórico. O terceiro evangelista gosta de recordar explicitamente uma doutrina, que até já encontramos difus
a no Antigo Testamento, e que caracteriza Deus como amor misericordioso (cfr. Ex 34, 6; Dt 4, 31; Sl 78, 38; 86, 15). Ao fim e ao cabo, é essa a mensagem central de todo o ensinamento de Jesus de Nazaré. Todas as suas palavras, todos os seus gestos, evidenciam a verdade de Deus-amor, amor imenso e misericordioso, amor paciente e indulgente, amor proveniente e incondicional.
Sublinhemos também que, em Deus se identificam perfeição e misericórdia e que Lucas, como bom pedagogo, quer que a perfeição do discípulo atinja o nível da do Mestre: amor até ao dom de si mesmo, sem reservas nem interesses; amor até ao limite das próprias forças, sem arrependimentos e sem desforras; amor a todos e sempre, sem excepção.
Os ensinamentos de Jesus sobre o amor e a misericórdia, são recordados por João Paulo II na Dives in misericórdia. Esse documento pontifício indica um vasto campo onde nós, dehonianos, podemos estar presentes e desenvolver a nossa missão: «A mentalidade contemporânea, talvez mais do que a do homem do passado, parece opor-se ao Deus da misericórdia e tende, por outro lado, a marginalizar da vida e a tirar do coração humano a própria ideia de misericórdia» (n. 2). Neste mundo que se orienta para ser um mundo «sem esperança» e «sem coração» nós, a exemplo do Pe. Dehon, podemos viver a nossa oblação e dar toda a nossa colaboração para testemunhar e anunciar o primado do amor.

Oratio

Senhor Jesus, para ti, o amor não foi conversa fiada, nem um sonho vago e abstracto; não foi simples qualidade ou ornamento para satisfazeres o ego ou Te gabares; também não foi um sentimento mais ou menos romântico. Não o definiste porque não é algo de estático. Pelo contrário. Para Ti, o amor é um arco-íris de cores que se abraçam sem barreiras entre brancos e negros, judeus e pagãos, gregos e romanos, jovens e velhos, amigos e inimigos, bons e maus. É um sentimento dinâmico e indefinível porque, como a vida, gera permanentemente algo de novo, e está na base de toda a relação: Pedro, a viúva, o ladrão, Zaqueu, os pequenos, a adúltera, Lázaro e tantos outros. Ó Senhor, para Ti, viver é amar: e é esse o maior dom que nos deixaste! Obrigado, Senhor! Amen.

Contemplatio

Enquanto nós estivermos nesta pobre vida, não estamos irremediavelmente perdidos. A nossa alma pode voltar a levantar-se, salvar-se, santificar-se, Nosso Senhor ama-a sempre. Ela considera-a, solicita-a, emprega as habilidades da graça para a salvar, Ele ama-a.
Foi pelos pecadores que Ele ofereceu a sua vida. S. Paulo não cessava de admirar esta generosidade: «Com dificuldade, dizia ele, encontraria um homem que desse a sua vida por justos, mas o Homem-Deus deu a sua mesmo por culpados: Vix pro justo quis moritur, commendat autem caritatem suam Deus in nobis, quoniam cum adhuc peccatores essemus, Christus pro nobis mortuus est» (Rom 5, 8). S. Paulo repete isto aos Coríntios, aos Efésios: «Deus é tão rico em misericórdia, diz ele a estes, que por causa do seu grande amor, embora nós fôssemos pecadores, nos deu a vida da graça por Cristo, para nos mostrar toda a extensão da sua misericórdia e da sua bondade a nosso respeito: ut ostenderet abundantes divitias gratiae suae in bonitate super nos in Christo Jesu (Ef 2).
Jesus ama-nos ainda como nos amava no Calvário, mesmo depois dos nossos pecados e das nossas recaídas. Ele daria ainda a sua vida por nós, se isso fosse necessário. Vamos, portanto, até Ele com uma confiança sem limites. (Leão Dehon, OSP 2, pp. 302-303).

Actio

Repete frequentemente e vive hoje a Palavra:
«Pecar contra os próprios irmãos é pecar contra Cristo» (cfr. 1 Cor 8, 12).

| Fernando Fonseca, scj |
Fonte http://www.dehonianos.pt/

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