“Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores para que se
convertam” (Lc 5,32). Ninguém está excluído da salvação, desde que a aceite
como dom e livremente. A missão de Jesus é para aqueles que precisam de médico
(v. 12; Lc 5,31; Ex 15,26; Jr 8,22). Mateus, chamado por Jesus, é publicano e,
como tal, considerado impuro pelo simples fato de sua profissão. O texto da
língua original, ao contrário da tradução em vernáculo acima, não deixa claro
se a refeição foi na casa de Mateus, ao contrário de Marcos e Lucas, que o
dizem explicitamente (Mc 2,15; Lc 5,29). Aqui, no texto de Mateus, tem-se a
impressão de que Jesus acolhe na sua própria casa os coletores de impostos e
pecadores (v. 10). Talvez seja uma ambiguidade intencional: Jesus vai onde
estão os pecadores para encontrá-los (Lc 15) e os pecadores são recebidos no
Reino de Deus por Jesus. A citação de Oseias 6,6, ao mesmo tempo que descortina
o mal dos que criticam a atitude de Jesus de acolher os pecadores, apresenta a
misericórdia como objeto do desígnio de Deus para todo o povo. O sacrifício de
nada serve se ele não ajudar a pessoa a ser “misericordiosa como Deus é
misericordioso” (Lc 6,36).
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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