terça-feira, 8 de julho de 2014

Pouco a pouco o evangelho vai se abrindo para os pagãos. – 09.07.2014

Ante a necessidade ingente da missão (9,37), Jesus dá aos doze discípulos que ele envia o seu próprio poder. Em primeiro lugar, é preciso compreender que a missão é de Jesus e que os discípulos são seus colaboradores. Nossa missão como cristãos é colaboração na missão de Cristo. Daí a necessidade de bem compreender, através dos evangelhos, aquelas passagens em que Jesus mesmo explicita sua missão. Em segundo lugar, é fundamental ter presente que o poder conferido pelo Senhor aos seus discípulos não está relacionado a um cargo, mas à condição mesma de discípulo. Trata-se, aqui, do Espírito Santo; ele é o poder de Deus dado para a missão (cf. At 1,8). Esse poder de Deus que faz falar (At 2,1-11) e agir à imitação de Cristo é dom de Deus. A lista com o nome dos doze Apóstolos não tem por finalidade limitar a missão a eles, mas dizer à Igreja do futuro que a missão tem de estar enraizada no testemunho daqueles que foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Por razões apologéticas, Mateus retém a observação de que o anúncio da proximidade do Reino de Deus deve ser feito em primeiro lugar, mas não exclusivamente, às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pouco a pouco o evangelho vai se abrindo para os pagãos.


Fonte Carlos Alberto Contieri, sj - Paulinas

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