Como parte do discurso sobre a missão cristã (c. 10), o
início da nossa perícope apresenta o ideal do discípulo de Jesus Cristo: a
configuração da vida ao Senhor. Trata-se da dependência radical do servo ao seu
Senhor; dependência que não é subserviência, mas aceitação livre de ser como o
Mestre, que se fez servo de todos. A vocação cristã é vocação para o serviço
gratuito e generoso a Deus e aos irmãos. A comunhão e a identificação que
caracterizam a relação do Pai e do Filho, devem caracterizar também a relação
do discípulo com Jesus (Jo 14,10-11; 15,9-10). Essa comunhão liberta do medo
que inibe a proclamação tipicamente cristã, cujo conteúdo é a vitória de Cristo
sobre o mal e a morte. O medo, nós o sabemos, é contrário à fé. Somente
enfrentando e vencendo o medo é que discípulo será livre para, inclusive,
entregar a própria vida por amor de Deus. Sem desapegar-se da própria vida, não
é possível viver a existência em Cristo nem, por isso, se deixar conduzir pelo
Espírito de Cristo. A missão dos discípulos, não o esqueçamos, é tornar pública
e prolongar na história a mensagem de Jesus (vv. 26-27).
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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