quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A libertação e proteção vêm do Filho do Homem em quem todos devem esperar. – 28.11.2013

O atraso da parúsia provocou muitas especulações acerca da “segunda vinda de Cristo”. Especulações estas que deram origem a um discurso milenarista. A expectativa da segunda volta de Cristo gerou, ainda, uma tradição de que alguns fenômenos atmosféricos anunciavam o fim do mundo e, mais, de que Deus seria o responsável, por causa de sua decepção ante a maldade do ser humano que ele criou. São Lucas, no entanto, vai se utilizar destes elementos para anunciar um tempo aberto na história para o testemunho: “Será uma ocasião para dardes testemunho” (v. 13).
O v. 20 faz menção à invasão de Jerusalém pelas tropas de Tito, em 70 d.C. Os muros da cidade não foram suficientes para reter o inimigo e proteger as pessoas. Todos serão submetidos à brutalidade do invasor. A libertação e proteção vêm do Filho do Homem (cf. Dn 7,13-14), em quem todos devem esperar. Contra o desânimo, o medo, o pavor, é preciso “erguer a cabeça” (v. 28). Não só o Templo passa, mas também o sofrimento, a perseguição e a morte não são a última palavra da existência humana; eles darão lugar à alegria e à consolação. O Filho do Homem, glorioso (cf. v. 27), é quem faz com que seus eleitos, os que permanecerem fiéis até o fim, participem e sejam herdeiros da sua própria vitória.

Carlos Alberto Contieri,sj

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