Nosso texto é a continuidade do discurso escatológico de
Jesus. Discurso muitas vezes desconcertante em razão da linguagem apocalíptica
utilizada. A propósito das perseguições e da morte, é preciso pôr a vida nas
mãos de Deus: em primeiro lugar, como dissemos, será uma ocasião de dar testemunho
(cf. v. 13) e, em segundo lugar, de confiar que é Deus quem inspira, da força e
protege a causa de seus eleitos. Nos Atos dos Apóstolos, o próprio Lucas relata
a atitude de Pedro e João, perseguidos pelas autoridades judaicas: “Quanto a
eles, deixaram o Sinédrio muito alegres por terem sido julgados dignos de
sofrer humilhações pelo Nome” (At 5,41). É na vitória de Jesus Cristo que deve
estar apoiada a esperança dos cristãos: “No mundo tereis tribulações, mas
coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33). Com São Paulo podemos, então, nos
perguntar: “Quem nos separará do amor de Cristo?”. E com ele respondermos: nada
nem ninguém (Rm 8,31-39).
Carlos Alberto Contieri,sj
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