A alegoria da videira (15,1-8) tem sua explicação nos
versículos seguintes que são, grosso modo, uma meditação sobre o amor fraterno.
O amor é o fruto esperado de quem permanece unido à videira verdadeira. A fonte
do amor é o Pai. Com o mesmo amor com que o Pai ama o Filho, Jesus ama os seus
discípulos (cf. Jo 13,1). O Pai ama criando o universo, gerando o Filho desde
toda a eternidade, entregando-o à morte para que o mundo fosse salvo por ele
(cf. Jo 3,16). A fonte da alegria dos discípulos está em se deixar “in-habitar”
por esse dinamismo do amor divino. “Mandamento”, aqui, deve ser entendido como
o conjunto dos ensinamentos de Jesus, expressos nas suas palavras e nos seus
gestos. O amor a Jesus tem uma exigência prática: é imitando o Senhor e vivendo
os seus ensinamentos que o discípulo é “in-habitado” por seu amor. O amor
engaja a pessoa num compromisso e comunhão profunda com quem é amado. O amor
assim vivido é o caminho da verdadeira felicidade. Aliás, não há forma de viver
o amor que não suponha a entrega de si mesmo.
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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