“Não mais me vereis e […] me vereis” – é de sua morte e
ressurreição que Jesus está falando. A pergunta dos discípulos revela sua
incompreensão e a dificuldade de entrar na lógica do mistério de Deus revelado
em Jesus (cf. v. 12). Jesus mesmo abre aos discípulos a possibilidade de
esclarecer suas dúvidas e toma a iniciativa para tal (v. 19). À Páscoa de Jesus
corresponde a Páscoa dos discípulos: da tristeza e lamentação causadas pela
morte do Senhor, à alegria da ressurreição. O que para o mundo parecerá sua
vitória em razão da cruz de Cristo, será revelado, na ressurreição do Filho
único de Deus, como pecado e derrota; e aquele que parecia derrotado aparecerá
como vitorioso sobre o mal e a morte. Os discípulos, os fiéis de modo geral,
devem tirar as consequências do mistério pascal para a sua própria vida e no
exercício de sua missão: o sofrimento e a morte não são a última palavra da
existência humana; eles passam. O definitivo é a herança da ressurreição que,
em razão dos méritos de Cristo, Deus concede a todos os fiéis que aceitam
permanecer no Senhor.
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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