A missão cristã encontra resistência, oposição e perseguição
em razão da união dos discípulos com o Senhor (Mt 10,24-25; Jo 13,16; 15,20). É
bastante provável que, em nosso texto de hoje, “mundo” represente a sinagoga
que persegue os cristãos até a morte (cf. At 7; 9,1-2). No envio dos
discípulos, Jesus os prevenia para a possibilidade de resistência violenta
contra a missão cristã (Lc 10,3; Mt 10,16). Já no prólogo do evangelho João
anuncia a rejeição do Verbo de Deus (1,5.10). No diálogo catequético-batismal
de Jesus com Nicodemos, Jesus apresenta o motivo da rejeição da luz por parte
dos homens: “porque suas obras eram más” (3,19). É em razão da configuração da
vida à Cristo que o discípulo é perseguido (cf. v. 18). Mas é nessa comunhão
com o Senhor que o discípulo deve encontrar o apoio para enfrentar a rejeição,
a perseguição e até a ameaça da própria vida, e não sucumbir diante das
adversidades próprias da missão. A razão da perseguição ou do ódio do mundo por
aquilo que é de Deus é dupla: ignorância e falta de fé. Os perseguidores
desconhecem o Pai e, por isso, não reconhecem que Ele enviou Jesus (v. 21).
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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