Diante da morte de Jesus, há um contraste entre a atitude
dos discípulos e a do mundo. A tristeza e a lamentação dos discípulos são
causadas pela paixão e morte de Jesus. Não se pode, no entanto, deixar de ler
nessas linhas a perseguição dos cristãos por parte dos judeus. A tristeza que
abate e faz perder a esperança certamente não provém de Deus, mas do inimigo da
natureza humana. Próprio de Deus é consolar, animar, encorajar para que mesmo
em meio à perseguição os discípulos possam permanecer no Senhor e dar
testemunho, inclusive pela entrega da própria vida, do Cristo ressuscitado. É
na palavra do Cristo que o cristão fiel deve confiar: a tristeza se
transformará em alegria, assim como a morte foi vencida pelo poder de Deus que
ressuscitou o seu Filho dentre os mortos. Não há vida sem sofrimento. É o que
acontece com a mulher que está para dar à luz. Mas a irrupção de uma vida nova
transforma o sofrimento numa grande alegria – isso é uma verdadeira Páscoa! A
alegria, que é dom do Cristo ressuscitado, ninguém nem nenhuma situação humana
pode tirar. Ela é dada para permanecer mesmo em tempos difíceis, como no tempo
da perseguição por causa da fé em Jesus Cristo.
Fonte Carlos Alberto
Contieri,sj - Paulinas
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