Terceiro domingo do Advento – domingo gaudete, domingo em
que todos somos chamados a suplicar e viver a alegria da proximidade do nascimento
do Verbo que assumiu a nossa humanidade: “Alegrem-se o deserto e a terra seca…
Dizei aos aflitos: Coragem! Nada de medo! Aí está o vosso Deus […], ele vem
para vos salvar” (Is 35,1.4).
As obras de Cristo são desconcertantes até para João
Batista. Elas exigem discernimento para poder reconhecer o tempo da visita
salvífica de Deus e acolhê-lo com alegria. Por isso João, estando na prisão (v.
2), envia alguns dentre os discípulos para perguntar a Jesus: “És tu, aquele
que há de vir, ou devemos esperar outro?” (v. 3). Jesus responde sobre a base
do texto do profeta Isaías: “... cegos recuperam a vista, paralíticos andam,
leprosos são curados, surdos ouvem, mortos ressuscitam e aos pobres se anuncia
a Boa-Nova” (vv. 4-5; cf. Is 35,5-6). A resposta de Jesus a João é suficiente
para que este reconheça que o “hoje” da salvação se realiza nas palavras e em
tudo o que Jesus faz. Em outros termos, Jesus é o Messias, não é preciso
esperar outro. Os discípulos de João retornam a ele para comunicar não só a
resposta de Jesus, mas também aquilo de que eles mesmos são testemunhas: a vida
vai sendo transformada pela presença do Senhor. É a vez de Jesus dar testemunho
de João. É preciso não se deixar levar pela aparência – João é mais que um
profeta, é o precursor do Messias (cf. v. 10): “... entre todos os nascidos de
mulher não surgiu quem fosse maior” (v. 11).
É tempo de firmar o coração, pois a vinda do Senhor está
próxima (cf. Tg 5,8). Alegrai-vos!
Carlos Alberto Contieri, sj
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