Nosso texto do evangelho de hoje é a sequência do relato da
transfiguração (Mt 17,1-8).
Tendo contemplado Elias com Moisés (cf. v. 3), os discípulos
se perguntam sobre o retorno de Elias (cf. v. 10). A subtração surpreendente do
profeta Elias numa carruagem de fogo dará lugar a uma crença popular segundo a
qual a sua volta precederia a vinda do Messias: “E eu vos enviarei o profeta
Elias, antes que chegue o dia do Senhor, grande e terrível: ele reconciliará
pais com filhos, filhos com pais, e assim eu não virei para exterminar a terra”
(Ml 3,23-24; Eclo 48,10). Se Elias não voltou, segundo esta crença, Jesus não é
o Messias. Mas Jesus responde: “Elias já veio, e não o reconheceram” (v. 12).
Jesus identifica a missão de João Batista com a do profeta Elias (cf. v. 13);
João Batista não só foi rejeitado, mas maltratado e morto (cf. Mt 14,3-12; Mc
6,17-29; Lc 3,19-20). A rejeição e morte de João são a prefiguração da rejeição
e morte de Jesus: “Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles” (v.
12).
Carlos Alberto Contieri, sj
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