A fé dos que carregavam o paralítico provoca a reação de
Jesus: “Homem, teus pecados são perdoados” (v. 20). Mas “quem pode perdoar os
pecados, a não ser Deus?” (v. 21). Por isso os escribas e fariseus presentes
vão acusar de blasfêmia a declaração de Jesus. No entanto, o passivo divino
empregado – “teus pecados são perdoados” – revela que o sujeito da ação de
perdoar é Deus. É Deus quem perdoa, e o mediador do perdão de Deus é Jesus. O
perdão efetivo pode ser verificado pela cura: “... levantando-se diante de
todos, pegou a maca e foi para casa, glorificando a Deus” (v. 25). O perdão, do
qual Cristo é o mediador, liberta da enfermidade e solta a língua: no início do
relato nem uma palavra foi atribuída ao paralítico; no término do relato, no
entanto, ele sai “glorificando a Deus”, em reconhecimento da ação de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
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