Este episódio, presente
também em Lucas e João (Lc 7,1-10; Jo 4,46-53), é a ocasião para afirmar a
universalidade da salvação trazida por Jesus e a eficácia de sua palavra. No
centro do episódio está a fé do centurião na palavra do Senhor, que o cristão deve
imitar.
O centurião, chefe de
cem soldados, é um pagão. A súplica do centurião a Jesus é por um servo seu,
que ele estimava muito. Para o centurião o valor essencial parece ser a vida.
Ele mesmo não se diz impuro, pois isso é um conceito judaico-religioso. Ele
parece conhecer as normas dos judeus quanto à pureza, por isso diz: “Senhor, eu
não sou digno…” (v. 8). Dizer-se indigno é reconhecer a autoridade de Jesus. O
Senhor acolhe a todos e pretende ir à casa do centurião. No entanto, o chefe
pede que Jesus simplesmente dê uma ordem, pois é o poder da palavra que
importa. A fé do centurião causa uma profunda admiração em Jesus. A fé do pagão
ultrapassa à manifestada em Israel. O v. 11 aponta para a universalidade da
salvação: “Muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar à mesa no
Reino dos Céus, juntamente com Abraão, Isaac e Jacó” (v. 11).
Carlos Alberto
Contieri, sj
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