Já começamos a dizer antes que Jesus realiza um novo êxodo,
que vai culminar, de modo definitivo, na sua Páscoa. Já dissemos que Jesus é
apresentado como o novo Israel e o novo Moisés. Ele é também comparado a Jacó
(cf. Gn 46,2-5), que desceu ao Egito, aí cresceu e, ao sair, saiu como se fosse
um povo numeroso. José, como no anúncio do nascimento de Jesus, é o destinatário
da mensagem do anjo. É apresentado como homem justo, pois realiza o que lhe é
pedido da parte de Deus (cf. vv. 13.19).
Com a citação de Oseias no centro do relato: “Do Egito
chamei o meu filho” (Os 11,1), na qual o profeta se referia à saída do Egito, o
evangelista parece querer comunicar que Jesus percorre as etapas fundamentais
da história do seu povo, e que, por isso, ele é plenamente membro do povo
eleito.
Estamos celebrando a festa da Sagrada Família de Nazaré. O
que a faz santa? É a presença do Filho de Deus que assumiu a nossa humanidade.
A presença do Emanuel permitiu revelar Maria como a que recebeu o favor de Deus
e José, como o homem justo. A sua presença aproxima a realidade celeste da
nossa humanidade. Ademais, a santidade da família de Nazaré se exprime no
engajamento em realizar a vontade de Deus. Por isso, o desejável é o que São
Paulo exprime tão bem: “Revesti-vos do amor, que une a todos na perfeição”. O
amor é a expressão máxima da vida cristã.
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