O v. 35 é um sumário da atividade de Jesus. A vida de Jesus,
o que ele ensina e faz, é proclamação e testemunho da proximidade do Reino de
Deus. A compaixão (v. 36) leva Jesus ao encontro das pessoas e a se deixar
encontrar por elas. É com este sentimento divino que os Doze são enviados e
deverão realizar a missão que recebem do Senhor. Eles serão poucos, dadas as
exigências da missão, por isso deverão pedir Àquele que tudo conhece (cf. Sl
139[138]) para que conceda a ajuda necessária e adequada (cf. v. 37).
O capítulo 10 é um dos muitos discursos de Jesus no
evangelho segundo Mateus. É denominado “discurso missionário”. Para a missão
Jesus concede aos Doze “poder para expulsar os espíritos impuros e curar todo
tipo de doença e enfermidade” (10,1). O poder concedido é o poder de Jesus, o
Espírito Santo, “força do Alto” (cf. At 1,8). Os destinatários prioritários,
não exclusivos, são as “ovelhas perdidas da casa de Israel” (v. 6; cf. 9,13; Lc
19,10). O objeto da proclamação é a proximidade do Reino dos Céus (cf. v. 7).
Este anúncio deve ser acompanhado da ação que liberta as pessoas do mal que
desfigura o ser humano e o faz experimentar-se distante de Deus (cf. v. 8a). O
que é dado como dom por Deus aos apóstolos, o Espírito Santo, deve ser
oferecido gratuitamente a tantos quantos eles encontrarem (cf. v. 8b).
Carlos Alberto Contieri,sj
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