terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Jesus presente entre os pobres e pequeninos – 05.02.2014

O texto não o diz explicitamente, mas, certamente, é para Nazaré que Jesus foi. Jesus é um judeu praticante, piedoso. É o que o evangelho nos dá a entender, quando diz que num dia de sábado ele foi à sinagoga para escutar a Palavra de Deus, meditá-la, ouvir comentários sobre os textos e, por vezes, ele mesmo, comentá-la. O que propriamente Jesus ensinava, Marcos não nos diz. O certo é que o seu ensinamento causava admiração, porque certamente fazia sentido e porque ele ensinava como quem tem autoridade (cf. Mc 1,21-22.27). Não obstante a admiração, vêm a resistência, a dúvida, a incredulidade. De onde vem a falta de fé? Em primeiro lugar, da estreiteza de visão de que alguém do convívio deles, como eles, pudesse ter tal sabedoria e realizar tais atos de poder, como Jesus o fazia. Em segundo lugar, do fechamento à surpresa de Deus, o qual impede ultrapassar fronteiras e reconhecer nas palavras e gestos de Jesus os sinais que remetem à vida de Deus que o habita. É por essa incredulidade que Jesus não pode fazer nada ali. Se os concidadãos de Jesus se perguntam sobre a identidade dele, eles nada respondem. A falta de humildade cega. Apesar da incredulidade dos de sua própria pátria, Jesus leva adiante a sua missão.


Carlos Alberto Contieri, sj

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