domingo, 10 de agosto de 2014

A gratuidade está no centro da relação com Deus. - 11.08.2014

Trata-se do segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Os discípulos ficaram profundamente tristes (Jo 14,1). O episódio do imposto devido ao Templo é próprio a Mateus. A prescrição do tributo do Templo, cobrado inclusive dos judeus da diáspora, se encontra em Ne 10,33-38. Todo judeu do sexo masculino pagava a soma anual de duas dracmas. O Templo possuía sua própria moeda, daí os cambistas de Mt 21,12. A questão posta aos discípulos sobre se Jesus pagava o imposto ao Templo é, na verdade, uma questão posta aos cristãos: os judeus convertidos ao cristianismo devem pagar esse imposto? A resposta de Jesus vai numa dupla direção: em primeiro lugar, para instruir os discípulos há uma orientação fundamental, a saber, a relação com Deus não é mediada nem subordinada a nenhuma taxa, pois se trata de uma relação paterna em que a gratuidade está no centro dessa mesma relação; em segundo lugar, há uma solução prática e realista, uma vez que existe a obrigação que se pague a taxa (cf. Mt 22,15-22). A moeda a ser encontrada na boca do peixe é uma forma de dizer que o imposto deve ser pago com o fruto do trabalho, nesse caso, a pesca.
Fonte Paulinas

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