quinta-feira, 7 de agosto de 2014

“Renunciar a si mesmo” é a opção por viver a vida de Deus, sem perder o que lhe é próprio. - 08.08.2014

A incredulidade dos discípulos se manifesta na atitude de Pedro, que tenta dissuadir Jesus de prosseguir o seu caminho. Era inconcebível para um judeu do tempo de Jesus pensar num Messias que tivesse que passar pelo sofrimento e pela morte. Certamente o anúncio da paixão e da morte de Jesus foi frustrante para Pedro, assim como para os discípulos, de modo geral (cf. Lc 24,16-21). O Messias que anuncia sua paixão e morte não é o Messias que Pedro esperava e pensava ter encontrado. O ensinamento de Jesus ainda não tinha penetrado o mais profundo do coração de Pedro para poder converter sua mentalidade. Por isso, Jesus o acusa de não pensar as coisas de Deus, mas de modo puramente humano, sem se deixar iluminar e mover pela vontade de Deus. Há uma condição indispensável para seguir Jesus: confiança nele. “Renunciar a si mesmo” não significa negar-se ou anular-se, nem tampouco negar a própria história, mas viver a existência humana impulsionado por esse dinamismo de entrega radical da vida a Deus e ao próximo. “Renunciar a si mesmo” é a opção por viver a vida de Deus, sem perder o que lhe é próprio; é viver o caminho de Jesus como graça; enfim, é renunciar a todo tipo de egoísmo para ser “como o Mestre”.
Fonte Carlos Alberto Contieri, sj - Paulinas

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