No tempo da vida terrestre de Jesus de Nazaré, as
enfermidades, sobretudo aquelas de origem psíquica, como parece ser o caso do
evangelho de hoje, que não se sabia a causa nem tampouco era conhecido um
tratamento adequado e eficaz, eram atribuídas a um espírito impuro, uma forma
de designar o mal. Ora, o mal é o que prejudica o ser humano; é o que desfigura
nele a imagem de Deus. O mal impede de falar bem e de bem falar; o mal distorce
o sentido da palavra e a palavra que dá sentido a todas as coisas. A cena
parece, num primeiro momento, apresentar o fracasso dos discípulos, pois eles
não conseguiram livrar o menino de seu mal. Mergulhado numa geração sem fé, o
ser humano busca num poder externo a solução de seus problemas. Aqui, o
tratamento passa pela coerência da palavra, que faz a pessoa sair de si e
abrir-se para a fé e que transforma a vida não importa de quem seja. Para todos
que empreendem um combate contra o mal, não há outro meio para vencê-lo senão
pela oração. Quando nos defrontamos com o limite e o impossível, a súplica a
Deus se torna “poder”.
Fonte Carlos Albero Contieri,sj
- Paulinas
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