Saulo era um fariseu fervoroso (Fl 3,5-6; Gl 1,14) e,
segundo Lucas, filho de fariseus (cf. At 23,6). “Pego” pelo Senhor, Paulo se
transformou no apóstolo dos gentios (cf. At 9,15). Pelo seu ministério, o
evangelho de Jesus Cristo ultrapassou as fronteiras da terra de Israel para
ganhar “os confins da terra” (At 1,8). O evangelho que ele recebeu, segundo seu
próprio dizer, ele o recebeu por revelação (cf. Gl 1,12). De perseguidor do
Caminho (cf. At 9,2; 22,4) tornou-se apóstolo de Jesus Cristo (cf. Gl 1,23). Os
Atos dos Apóstolos, cujo autor é Lucas, apresenta dois textos da conversão de
Paulo: um narrado em terceira pessoa (At 9,1-22) e outro em primeira pessoa (At
22,3-16). Paulo não utiliza para o acontecido com ele no caminho de Damasco o
termo conversão, mas revelação (cf. Gl 1,16). A Luz que o envolveu de intensa
claridade e ofuscou, por um tempo, sua visão é a luz do Cristo ressuscitado,
perseguido por Paulo nos membros do Caminho (ver: Lc 10,16). Se a luz de Cristo
ofuscou sua visão foi para que ele pudesse ver todas as coisas em Cristo, e ver
a luz da nova criação. O que ele cria, o que ele esperava, ele, agora, o
encontra realizado em Cristo, o Senhor.
Carlos Alberto Contieri, sj
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