A oração de Jesus abre-se para o futuro: ele pede não
somente para os atuais discípulos, mas para aqueles, não importa a que tempo,
que abraçarão a fé. Há uma unidade, inspirada na união entre o Pai e o Filho,
que permanece além de um tempo determinado da história. A unidade deve ser
sempre a característica e o desafio da comunidade cristã. A unidade é dom do
Cristo ressuscitado e parte essencial do testemunho. É ela o testemunho pelo
qual gerações chegarão à fé. A fé é, fundamentalmente, testemunho. Assim sendo,
somos responsáveis pela fé uns dos outros e das gerações futuras, pois a adesão
dos outros à pessoa de Jesus Cristo depende, em boa parte, de nosso testemunho
e da qualidade de nossa vida cristã. A comunhão entre os discípulos oferece a
gerações futuras a possibilidade de conhecer que Jesus é o enviado do Pai. Se o
mundo não conheceu Deus, foi em razão do seu fechamento. Na plenitude dos
tempos Deus se revelou no seu Filho que, antes da criação do mundo, estava
voltado para ele (cf. Jo 1,1). Em Jesus é que resplandece a imagem do Deus
único e verdadeiro (cf. Jo 14,9). Pelo Filho o Pai se tornou conhecido dos
discípulos e eles puderam fazer a experiência de que Deus é amor.
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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