O ser humano é posto diante de uma escolha decisiva e
irrenunciável: onde pôr o coração, isto é, em que engajar toda a vida? Não há
meio termo: “... onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”
(v. 21). Trata-se de desapegar-se de tesouros ilusórios. Cada coração, cada
pessoa, possui um tesouro. Cada ser humano liga a sua vida a um valor que move
sua ação e decisões. Os bens da terra são postos em oposição aos bens celestes
(vv. 19.20), mas o que importa é o engajamento do coração. Ao cristão importa
juntar tesouros no céu (cf. v. 20). O que é passageiro é só aparência; é
preciso pôr a vida naquilo que não passa. Olho é uma fonte de desejo (vv.
22-23). Será luz e, portanto, iluminará a vida do ser humano à medida que o desejo
for bom, isto é, por tudo aquilo que for “do céu”. Mas, se o olho desejar o
mal, ele conduzirá às trevas, outro nome do pecado: “Olhar altivo, coração
orgulhoso, a lâmpada dos ímpios não é senão pecado” (Pr 21,4).
Fonte Carlos Albero Contieri,
sj - Paulinas
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