Uma das características da vida cristã é a união entre a
escuta da palavra e o agir em consonância com essa escuta (cf. Mt 7,21.24-27).
É o que sugere a parábola do sal. Para realizar a sua dupla função de
condimentar e conservar, o sal tem que preservar sua propriedade
característica. Se o sal perde sua característica, não serve para mais nada,
será lançado fora e pisoteado. Da mesma forma o discípulo, se ele perde a sua
qualidade própria de testemunha, ele não serve para mais nada como discípulo. O
sal simboliza a fé viva do discípulo; o desvirtuar-se de sua característica
equivale à perda da fé. Para evitar a perda da fé e mantê-la viva é necessário
que o discípulo permaneça unido ao Senhor. Desde muito cedo Israel é chamado a
ser luz para as nações (Is 42,6; 49,6; Lc 2,32). A luz que resplandece no
discípulo é a luz do Cristo ressuscitado e a luz da Palavra de Deus que ilumina
os seus passos. É necessário que na sua vida no mundo essa luz apareça através
do seu agir. Ela não pode ser ofuscada por qualquer outra preocupação que não a
busca do que é próprio do Reino de Deus (cf. Mt 6,33). O discípulo é reflexo da
luz divina.
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj – Paulinas
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