O evangelho de hoje é a sequência do relato da cura do servo
do centurião (Mt 8,5-17). Trata-se de um relato de vocação que encontra um
paralelo em Lucas 9,57-62. Em Lucas fala-se de três anônimos que se apresentam
na subida para Jerusalém, enquanto em Mateus trata-se de duas pessoas: um
escriba e um outro dos discípulos. Pelo contexto imediato, a atitude dos dois é
consequência da admiração e do entusiasmo pelo que Jesus acaba de realizar,
curando o servo do centurião, sem, contudo, discernir as exigências e
consequências do seguimento de Jesus. Ao escriba desejoso de segui-lo, Jesus
adverte que a vocação de discípulo é itinerante, exige desapego e renúncia do
conforto dos bens terrenos. Ao outro discípulo Jesus observa que não pode haver
nada que anteceda ou possa retardar o seguimento. Ninguém é excluído do
seguimento de Jesus. No entanto, ninguém pode impor ao Senhor condições para
segui-lo. O que é dito em separado a um e outro que se dispõem a seguir Jesus,
vale no seu conjunto para todos. O que é dito aos discípulos como exigência do
seguimento, vemos realizado na vida mesma de Jesus.
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
Nenhum comentário:
Postar um comentário