quarta-feira, 11 de junho de 2014

Requisitos para a reconciliação. – 12.06.2014

“Justiça”, aqui, é o modo de agir em conformidade com os mandamentos de Deus. Qual é o agir diferenciado exigido dos discípulos que permite entrar no Reino de Deus? Qual é a justiça maior que a dos escribas e fariseus? Essa “justiça maior” é formulada em seis antíteses” (vv. 21-26; 27-30; 31-32; 33-37; 38-42; 43-47). A primeira antítese, que diz respeito ao nosso texto de hoje, é um modo de retomar e explicitar a bem-aventurança da mansidão (5,4). A lei diz muito mais do que não matar. É preciso ver nesse mandamento, que preserva a vida do semelhante, a proibição de utilizar títulos ofensivos contra o irmão. Daí que para essa primeira antítese não se trata somente da interdição do homicídio ou fratricídio (Ex 20,3; Dt 5,7), mas de toda ofensa moral contra o irmão explicitada pela tríade: raiva, imbecil e louco. As duas sentenças sobre a reconciliação exprimem a atitude requerida dos discípulos e de toda comunidade cristã. O que é requerido de quem vai apresentar a oferta a Deus é a consciência do mal cometido contra alguém ou, então, do mal cometido por alguém contra ele. Num e noutro caso, a atitude requerida é a disposição para a reconciliação. A comunidade cristã é uma comunidade de reconciliados.


Fonte Carlos Alberto Contieri, sj - Paulinas

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