Esse relato de Jesus encontrado no Templo de Jerusalém aos
doze anos é a transição entre os relatos da infância e os da vida pública, a
partir do Batismo por João Batista. Doze anos é a idade da maturidade religiosa
em que o menino judeu assume as obrigações legais, tornando-se “filho do
preceito”. Todo o relato está centrado nas primeiras palavras de Jesus, no
evangelho segundo Lucas. Essas palavras (v. 49) estão voltadas para o futuro,
evocam e confirmam a palavra do anjo a Maria, quando do anúncio do nascimento
de Jesus: ele “será chamado Filho de Deus” (Lc 1,35). Maria e José não compreenderam
o significado do que ele lhes dissera. Terão que fazer, como será o caso de
todo discípulo, um longo itinerário de acompanhamento de Jesus, passando pelo
drama da paixão e morte, para à luz da ressurreição do Senhor poderem
compreender que aquele a quem eles haviam dado uma existência histórica era o
Filho de Deus. O que é de Deus precisa ser tratado no âmbito do coração, pois
ultrapassa o que a razão entregue a si mesma pode alcançar. É no coração que
brota o mistério de Deus e sua compreensão.
Fonte paulinas
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