Já tivemos a oportunidade de comentar este trecho do
evangelho, quando da Quarta-Feira de Cinzas. Trata-se, aqui, de renunciar à
hipocrisia e à cultura da aparência que esconde o verdadeiro sentido de todas
as coisas, inclusive da prática religiosa. Esses três atos de piedade, esmola,
jejum e oração eram aspectos importantes da vida religiosa dos judeus do tempo
de Jesus. Não são os atos de piedade que Jesus critica, mas o modo como eles
são praticados, isto é, são feitos em benefício da pessoa que os pratica: os
fazem “para serem vistos pelos homens”, para terem a aprovação dos outros. Daí
que, no nível em que os hipócritas se situam, eles já obtiveram a recompensa
esperada, a saber, a aprovação dos homens. A vida cristã requer discrição; as
obras de piedade devem ser realizadas em segredo. Não se trata de ação secreta,
mas designa toda ação, mesmo pública, que se faz diante de Deus, por Deus em
favor dos semelhantes. O que conta é a intenção profunda, e a recompensa se
situa no nível do dom e não do merecimento. O bem não toca trombeta!
Fonte Paulinas
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