segunda-feira, 10 de março de 2014

Como orar. - 11.03.2014

Nós já comentamos este texto, grosso modo, na Quarta-Feira de Cinzas. Naquela ocasião, afirmávamos que a consequência prática das recomendações de Jesus era a rejeição a determinada hipocrisia, em que, por contraste, Jesus apresenta a verdadeira e a falsa piedade. Isso, evidentemente, vale para o texto de hoje do evangelho. Não é a oração que está em questão, mas o modo de fazê-la. Deus conhece o coração de cada um, antes mesmo que as palavras cheguem à boca (cf. Sl 138). Diante dele a multiplicação de palavras é inútil. Ademais, essa multiplicação de palavras é expressão da pressão exercida sobre Deus para conseguir algo dele. O que Deus concede ao seu povo é fruto de seu amor e de sua bondade, e não de merecimento de quem quer que seja. A oração do Senhor é, para o discípulo, referência no modo de relacionar-se com Deus. Essa oração exprime, em primeiro lugar, a centralidade de Deus e o engajamento filial do discípulo com relação ao Pai. Em seguida, o discípulo consciente de sua condição suplica pelo que deve sustentá-lo na vida cotidiana: pão e perdão. Por fim, como o mal está presente no coração do ser humano, o cristão pede para, pela graça de Deus, ser liberto de todo mal.


Fonte Carlos Alberto Contieri, sj – Paulinas

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