Os destinatários da parábola são apresentados logo no
primeiro versículo do evangelho de hoje: aqueles que fechados sobre si mesmos,
sobre suas próprias obras, consideram os outros como inferiores e, por isso, se
enganam na sua relação com Deus. A parábola apresenta duas atitudes do homem
diante de Deus. O fariseu, embora reconheça que o cumprimento da Lei é dom, se
apresenta soberbo e auto-suficiente diante de Deus. Para ele a salvação é
merecimento em razão de suas próprias obras, e não dom de Deus que deve ser
acolhido. A consequência dessa atitude é o juízo condenatório e o desprezo
pelos outros. O publicano, ao contrário, se apresenta diante de Deus humilde,
consciente de sua falta, necessitado da misericórdia do Senhor. Há uma prática
religiosa que, voltada para si mesma ou para a pessoa que a pratica, se
transforma em pura vaidade e sutilmente rejeita um Salvador, pois o que ele
pratica é, para ele, a sua justificação. A salvação é dom de Deus. O que nós
fazemos deve ser a expressão da gratidão e da consciência do dom recebido.
Fonte Carlos Alberto Contieri, sj - Paulinas
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