A parábola não é o retrato fiel da realidade. Ela visa
transmitir uma mensagem cuja finalidade é levar a compreender o mistério de
Deus e adequar o comportamento do homem de fé com o desígnio salvífico de Deus.
No Antigo Testamento, a vinha é símbolo do povo de Deus, povo que Deus criou e
escolheu e que cuida com amor (cf. Is 5,1-7). Entre os membros do povo de Deus,
há aqueles que Deus escolheu para, em nome do Senhor, cuidarem e protegerem o
povo que a Deus pertence. A parábola denuncia, em primeiro lugar, aqueles que,
ao invés de cuidarem do povo, querem se apossar da vinha do Senhor. Para isso,
rejeitaram todos os que foram enviados por Deus para alertá-los. É uma menção
ao fim trágico de muitos profetas. Em segundo lugar, e essa é a intenção mais
importante da parábola, faz o leitor compreender que a morte de Jesus foi
premeditada e é fruto da ganância, da maldade deliberada (cf. vv. 38-39).
Apesar do v. 42, a parábola não possui um juízo condenatório; ela é, isso sim,
um forte apelo a reconhecer em Jesus o dom de Deus, a viver em conformidade com
esse dom e, nele, produzir bons frutos.
Fonte Carlos Alberto
Contieri,sj - Paulinas
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