domingo, 9 de março de 2014

Somente o olhar penetrante do pastor, do Filho do Homem, pode conhecer a situação de cada um e o que se é de fato.

Trata-se de um discurso escatológico que, de certa forma, resume todo o evangelho, de modo especial os textos do seu contexto literário imediato, a saber, os capítulos 24 e 25. A manifestação definitiva do mistério do Reino de Deus se dá em gestos pequenos, simbólicos e significativos. Alguns desses gestos fazem parte de nossa vida cotidiana: dar de comer aos que têm fome, de beber aos que têm sede, vestir os que estão nus etc. O que é dito no texto vale não somente para os cristãos, mas para todo ser humano que vive neste mundo. É bastante provável que Ez 34,17-22 tenha servido de inspiração para esse discurso escatológico. A separação, ou juízo, é feita em razão da vida vivida na caridade ou pela indiferença diante do sofrimento e necessidade alheia. Somente o olhar penetrante do pastor, do Filho do Homem, que ultrapassa as aparências, pode com verdade conhecer a situação de cada um e o que se é de fato. Se o texto fala de condenação, é para apelar a se viver no amor que exige o serviço ao semelhante. O critério último da salvação não é a fé, mas a caridade.


Fonte Carlos Alberto Contieri, sj - Paulinas.

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