Ao comentarmos os textos do primeiro domingo da Quaresma,
dizíamos que as tentações de Jesus o acompanharam ao longo de toda a sua vida.
O texto do evangelho de hoje corrobora com dita afirmação. Os contemporâneos de
Jesus o provocam pedindo um sinal extraordinário vindo do céu. Visam subordinar
a fé em Jesus e a credibilidade da sua palavra a esse sinal. Como no relato das
tentações, Jesus se recusa satisfazer a essa exigência tal qual solicitada.
Jesus mesmo, toda a sua vida, é um sinal que remete ao mistério de Deus. A
evocação do episódio de Jonas apela à penitência, necessária para acolher o
Reino de Deus que se faz presente na pessoa de Jesus (cf. Mc 1,15). É pela
penitência que se alcança a purificação do coração, necessária para reconhecer
que tudo o que Jesus faz e ensina é sinal. O coração livre de todo apego é
condição para acolher o mistério de Deus tal qual ele se revela em Jesus
Cristo. Para o discípulo, para quem o texto é escrito, trata-se de não
subordinar a fé em Jesus a nenhum prodígio espetacular.
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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