Não é a primeira vez que o autor do evangelho observa que os
fariseus e os escribas murmuram contra Jesus (cf. Lc 5,30). A razão é a mesma,
a saber, a boa acolhida que Jesus dá aos pecadores. Depois, dos vv. 1-3 que dão
o contexto e a motivação, Jesus conta uma série de três parábolas de
misericórdia. O tema da alegria no céu pela conversão de um único pecador está
presente nas três parábolas (vv. 7.10.23-24.31-32). A terra deve imitar o céu:
se há alegria no céu pela conversão de um único pecador, deve haver também na
terra. Na terceira parábola, a do “Pai misericordioso”, a alegria do Pai
contrasta com a atitude de raiva e murmuração do filho mais velho. Tem-se a
impressão de que a parábola identifica a atitude dos fariseus e dos escribas
com a atitude do filho mais velho. A acolhida ao filho mais novo não é
aceitação do que ele fez; é perdão e oferta de uma nova vida. As parábolas são
resposta de Jesus à murmuração dos seus opositores. Mas do leitor do evangelho
é exigido imitar a atitude do Pai que procura incansavelmente quem está perdido
e acolhe no seu amor quem se desgarrou e foi encontrado. Deus é rico em amor,
amemo-nos uns aos outros como o Senhor nos amou.
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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