domingo, 30 de março de 2014

Misericórdia que liberta – 01.04.2014

O texto do evangelho é o relato do terceiro de uma série de sete sinais realizados por Jesus, segundo o evangelho de João. Tudo está centrado na iniciativa de Jesus. Se o relato localiza o episódio em Jerusalém e, especificamente, junto à piscina de Bezata (= casa da misericórdia), em que se depositava grande expectativa terapêutica, o autor não lhe confere nenhuma importância, mas focaliza a pessoa de Jesus. O longo período de duração da enfermidade contrasta com a cura mediante a palavra eficaz de Jesus. Para aquele enfermo, cuja doença, fruto do pecado, o leitor não é informado, o tempo da espera acabou, pois é por meio de Jesus e não das águas borbulhantes da piscina que ele é liberto do pecado e da enfermidade. O relato tem um tom de controvérsia, pois a cura é feita em dia de sábado. Interpelado pelos judeus, o homem curado menciona a palavra eficaz do Senhor que não somente é superior ao sábado, mas realiza plenamente o descanso sabático pela prática da misericórdia que liberta. No entanto, o apego a um modo de pôr em prática a lei impedirá os judeus de reconheceram naquela palavra de Jesus o sinal que conduz a Deus.


Fonte Carlos Alberto Contieri, sj - Paulinas

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