Mais uma vez o tema da traição de Judas ocupa o espaço do
evangelho. O plano diabólico de alguns judeus, notadamente, do Sinédrio, de
matar Jesus, conta com a colaboração de um dos seus discípulos, Judas
Iscariotes. O real motivo pelo qual Judas entrega Jesus, os evangelhos não nos
dizem explicitamente. O trecho do evangelho de hoje, assim como João (12,1-11),
parece nos fazer entender se tratar de dinheiro. A ceia pascal é a ceia de despedida
de Jesus (cf. v. 18). A ceia pascal, lugar da memória da misericórdia de Deus
que fez seu povo sair da “casa da servidão” (Ex 12,1ss), é palco da revelação
dramática da traição de Jesus por um dos Doze. A memória da escravidão e da
libertação, parte integrante da ceia pascal, desvela o mal que ainda aprisiona
o ser humano. Paradoxalmente à fidelidade de Jesus ao Pai, revela-se a
infidelidade de Judas. À pergunta de Judas, a resposta de Jesus é
intencionalmente ambígua: “Tu o dizes” (v. 25). A cada um é deixada a
possibilidade de julgar-se na sua relação pessoal com Jesus Cristo.
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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