A nossa fé é apostólica, ela depende do testemunho dos
apóstolos que foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Por
isso, a festa dos apóstolos Filipe e Tiago é a ocasião de agradecermos a Deus
por aqueles que nos precederam e pela fé que nos transmitiram. O evangelho
deste dia é parte do discurso de despedida de Jesus (13,31–14,31). O discurso é
interrompido algumas vezes pela intervenção de um dos discípulos. Do ponto de
vista retórico, essas intervenções fazem o discurso avançar e permitem a Jesus
esclarecer questões importantes acerca do seu destino e da vida dos seus
discípulos. O pedido de Filipe, repetido por Jesus (v. 9), revela a
incompreensão e a incredulidade dos discípulos (v. 10), a dificuldade de poder
entrar no mistério de Deus revelado em Jesus. A comunhão de Jesus com o Pai é
tal (v. 10) que estar diante de Jesus é estar diante de Deus. O que é dito a
Nicodemos vale para os discípulos: “É preciso nascer do alto” (Jo 3,7). A
verdade é essa: Jesus “é a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15). Os discípulos
terão de passar pela dura prova da paixão e morte de Jesus para que, à luz da
ressurreição, possam compreender que na vida de Jesus a graça de Deus habitava
em plenitude.
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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