Essa noite santa é a mãe de todas as vigílias; nela toda a
história humana, onde se encontra e se faz a experiência da salvação de Deus, é
recapitulada e recebe seu sentido, pois foi para esse dia que tudo foi criado;
tudo foi feito nele, por meio de Cristo e para ele (cf. Cl 1,16). Solidário com
a nossa humanidade, o Senhor desceu aos infernos. Mas ele foi ressuscitado! A
pedra que fechava o túmulo de Jesus era símbolo da irreversibilidade da morte.
No entanto, na ressurreição de Jesus Cristo, deixou de sê-lo. A vida venceu a
morte! Jesus Cristo ressuscitado dentre os mortos venceu o mal e todas as suas
manifestações. Em Cristo, Deus quis que todos nós fôssemos herdeiros dessa
vitória. A vida do ser humano não se limita aos parâmetros da vida terrestre,
mas destina-se, transfigurada, à vida eterna. Deus não nos deixou órfãos. Ele
quebrou os grilhões da morte ressuscitando o seu Filho único. O Senhor abriu
para nós as portas da eternidade. Em Cristo ressuscitado somos novas criaturas,
libertas do mal e da morte. Que nesta noite santa possamos deixar ressoar em
nós o imperativo do Ressuscitado e viver a realidade pedida: “Alegrai-vos!”.
Que todos, a exemplo daquelas mulheres que foram bem cedo ao túmulo, sejamos
testemunhas dessa verdade: “o Senhor vive!”.
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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