O trecho do evangelho de hoje é a conclusão da controvérsia
entre Jesus e os judeus, no Templo de Jerusalém, antes da Páscoa. Guardar a
palavra significa pô-la em prática. A palavra do Senhor é um sopro que faz
viver. Permitir que essa palavra viva em nós e pôr em prática essa palavra é
experimentar a vitória da vida sobre toda realidade de morte. Somente Deus pode
fazer viver, não obstante as circunstâncias que nos cercam. Por isso, para o
leitor que ouve a crítica dos judeus, a conclusão não pode ser outra senão a de
que eles blasfemam, encerrados na dificuldade de ouvir atenta e detidamente as
palavras de Jesus. Em razão dessa verdadeira surdez espiritual, eles fazem um
juízo precipitado acerca daquilo que move e orienta toda a vida de Jesus. O nó
de toda a controvérsia está no fato de que o filho não busca a própria glória,
ao passo que certas pessoas, cristãos e judeus, no interior de sua própria fé e
usando-a como justificativa buscam a sua própria glória. Essa busca de si é
ainda muito mais destrutiva do qualquer outra, porque é religiosa. É o Filho
que ensina a buscar a glória do Pai.
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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