quarta-feira, 30 de abril de 2014

O pão que dá a vida – 05.05.2014

Depois do episódio dos pães, em que a multidão comeu à saciedade, e ante a tentativa de proclamá-lo rei, Jesus se retira, sozinho, ao monte (Jo 6,15). Jesus rejeita terminantemente qualquer tentativa de compreender ou reduzir a sua missão a uma dimensão estritamente político-social (cf. Mt 4,3-4; Lc 4,3-4). Por isso, se recolhe ao monte para rezar. À multidão que o procura insistentemente, Jesus declara o equívoco dela: não o procura porque o que ele faz remete ao mistério de Deus; procuram-no somente para satisfazer suas necessidades corporais (v. 26). No entanto, a vida do ser humano não se reduz ao bem material. O alimento que o Senhor oferece é de outra natureza, não perecível e que introduz na vida eterna. Mais adiante, Jesus afirmará que o pão que dá a vida é ele mesmo (Jo 6,48). Mas, para receber esse alimento, é preciso crer em Jesus, enviado do Pai. É pela fé em Jesus que se recebe esse alimento de vida eterna. A “obra de Deus”, o fazer exigido, é crer em Jesus, “imagem do Deus invisível”. Ademais, é preciso procurar o Senhor pelo Senhor, e não por aquilo que nos possa dar. Essa gratuidade se impõe a quem queira ser sustentado pelo “pão descido do céu".


Fonte Carlos Alberto Contieri, sj - Paulinas

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