A multidão saciada e que insistentemente procura Jesus e é
por ele flagrada no seu interesse e equívoco, interroga-o acerca do sinal ou da
obra que ele realiza. Lembremos que na boca dos opositores de Jesus e da
multidão a palavra “sinal” tem um sentido muito diferente do que o empregado
pelo evangelista no livro dos sinais. Para eles, “sinal” é uma obra
espetacular, quase cinematográfica, sobrenatural, em benefício de quem a
realiza. O sinal seria para eles uma prova inequívoca da verdadeira identidade
de Jesus. É o que satanás sugere a Jesus ao provocá-lo para saltar do pináculo
do Templo (Mt 4,5-7; Lc 4,9-11). Uma vez mais parece que os que interrogam
Jesus estão mergulhados no equívoco: não foi Moisés quem, na travessia do
deserto, havia dado ao povo o maná, mas Deus mesmo (cf. Ex 16,4). Mais ainda, o
maná era somente figura do verdadeiro pão que Deus haveria de dar e que, agora,
efetivamente dá ao seu povo. Jesus Cristo é esse pão descido do céu, isto é,
dado por Deus, que sustenta quem nele crê e nele põe a sua confiança.
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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