O evangelho deste dia é o último trecho do diálogo
catequético-batismal de Jesus com Nicodemos. Trata-se de uma apresentação
genial da razão da encarnação e da redenção: o amor de Deus é a causa
preexistente da encarnação do Verbo eterno; a morte gloriosa de Jesus para a
salvação do mundo é o gesto do amor de Deus por toda a humanidade, revelado no
seu Filho unigênito. Nosso mundo não é, na visão cristã, um vale de lágrimas,
nem estamos num desterro. O mundo é o lugar da manifestação do amor de Deus por
toda a humanidade, o lugar em que o Verbo “armou a sua tenda” (Jo 1,14). Pela
fé no Filho de Deus é dada aos que creem a vida eterna, a participação na vida
divina. A vida eterna é comunhão de vida com o Pai e o Filho (cf. Jo 17,3). A
vida eterna precisa ser recebida como dom do amor incomensurável de Deus por
toda a humanidade. É Deus que, por seu Filho, nos introduz e nos faz participar
da sua vida divina. A fé, contudo, está subordinada à liberdade do ser humano.
Ao invés da Luz, os homens podem preferir as trevas (cf. Jo 1,4-5.9-11).
Fonte Carlos Alberto Contieri,
sj - Paulinas
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