segunda-feira, 7 de abril de 2014

Na glória da cruz a comunhão entre o Pai e o Filho. - 08.04.2014

O prólogo do quarto evangelho já antecipou o tema da rejeição do Verbo feito carne (1,5.10.11). O pecado dos judeus denunciado por Jesus é a rejeição de sua própria pessoa e de sua missão, assim como de sua origem divina. O pecado está em não acreditar em Jesus, em se fechar à verdade de Deus. Mais ainda, a afirmação de Jesus sobre o pecado de seus opositores declara, de certa forma, inútil todo o sistema religioso judaico. Sem a aceitação da salvação em Jesus Cristo, não pode haver profunda e verdadeiramente a purificação e o perdão como se pretendia com a festa anual de yom kippur e todos os demais ritos e festas da religião de Israel. O apego às coisas terrenas e às tradições humanas impede de compreender o mistério de Deus revelado em Jesus Cristo. Jesus não fala em se matar, como suspeitavam os seus opositores, mas serão eles que matarão o Filho de Deus. É na cruz, no entanto, que a divindade de Jesus paradoxalmente se manifestará. Na glória da cruz a comunhão entre o Pai e o Filho aparecerá sem sombra. Apesar de toda rejeição e abandono, inclusive dos próprios discípulos, o Pai estará sempre com seu Filho, permanecerá com ele na paixão e na morte.


Fonte Carlos Alberto Contieri, sj - Paulinas

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