O trecho do evangelho de hoje é a sequência do episódio de
Lázaro que podemos caracterizar como sendo uma catequese sobre a ressurreição.
A morte de Jesus, os quatro evangelhos coincidem em dizê-lo, foi premeditada.
Se o nosso texto não o diz explicitamente, como o faz Marcos e Mateus (10,15;
Mt 27,18), ele deixa transparecer que o motivo da condenação de Jesus foi a
inveja por parte dos representantes da religião de Israel. A posição de Caifás
é eminentemente política e implicitamente contra o império romano. O processo
que condenou Jesus à morte está envolto na mentira, na dissimulação e na
falsidade. Nas vicissitudes da história humana, entre sombras e luzes, na luta
entre o bem e o mal, que disputam o coração do homem, Deus revela seu desígnio
e leva a termo o seu plano salvífico. A decisão do Sinédrio, ao que tudo
indica, era pública. Por isso, uma vez mais, o evangelho observa que Jesus com
os seus discípulos permanecem longe de Jerusalém. A indicação da proximidade da
Páscoa já prepara o leitor para a paixão e morte de Jesus.
Fonte Carlos Alberto Contieri, sj - Paulinas
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